ANÁLISE DO EVANGELHO DE JOÃO – CAPÍTULO 06 (Explicação/ Estudo/Esboço)

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INTRODUÇÃO: Hoje é o sexto dia consecutivo que estudamos a bíblia. Uma alegria enorme preenche a nossa alma, pois esta palavra gloriosa alimenta e acrescenta fé em nosso coração. Esta análise ficou um pouco extensa devido o capítulo ser muito extenso (71 versículos). Porém leia as partes que mais lhe interessarem, se puder ler tudo, ótimo. As próximas análises farei um pouco mais sintetizada para você conseguir ler até o fim e aproveita-la ao máximo.
 Hoje falaremos sobre pontos importantes da vida cristã, além de lembrarmos dois pontos importantes para a igreja do Senhor. Você já ouviu falar em ordenanças? Ordenanças são sacramentos ou práticas que a igreja do Senhor recebeu ordem direta para fazer.
A primeira ordenança para a igreja é: Batismo nas águas. Leia o versículo a seguir:
“Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo;
Ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos. Amém.”
(Mateus 28:19,20)
Leia também:E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura.
Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado.”
(Marcos 16:15,16).
O batismo nas águas não é opcional na vida cristã, é um mandamento. Se alguém ouviu o evangelho e creu, o próximo passo deve ser o batismo nas águas. Sempre digo que o batismo (ato de descer às águas) não salva ninguém, porém os salvos, entendem que devem ir ao batismo. Talvez você pense, mas e o ladrão da cruz? Este não teve tempo de ir ao batismo. Isso é verdade, não pôde, mas creu em Jesus. E uma coisa é não poder, outra coisa é não querer. Não podemos relativizar aquilo que Cristo deixou como regra de fé para nós. O capítulo de hoje além de tratar do grande milagre da multiplicação de pães e peixes, também nos lembrará do compromisso que um dia assumimos com Ele. Por fim falaremos da Ceia do Senhor, esta também é uma ordenança para aqueles que creem no Senhor e aguardam a sua vinda.

Análise do texto – Vers. 1-15
Expressões-chave: mar, pães, peixes, profeta, cevada.
V.1-6: Ao ler o ínicio desse capítulo é possível perceber como o ministério de Jesus era confrontado. Aqueles que deveriam crer e agradecer por seus feitos, eram os que mais criticavam e queriam intentar acusação contra Ele. Por isso o texto inicia com a frase: “Depois disso”. Uma multidão seguia o Mestre, porém fica bem claro que estas mesmas pessoas estavam interessadas apenas em sinais e milagres.  É obvio que com a notícia de que se tem um profeta que é usado por Deus, e dado a grande necessidade do povo, isso seria o “normal” de acontecer. Porém veremos mais a frente que Jesus não quer seguidores que apenas querem seus benefícios, Ele quer mesmo, discípulos que sigam seus caminhos e obedeçam a sua palavra.
Quando Jesus subiu ao monte com seus discípulos, e olhou quão grande era a multidão logo pensou; “Eles precisam comer”. Isso mostra o quanto Ele se importa conosco e tem cuidado daqueles que o buscam.
 A frase: “Onde compraremos pão, para estes comerem?” pode levar muitos a pensar que Jesus não sabia o que fazer. Por isso o escritor deixa claro no versículo 6 que dizia isso para experimentá-lo, pois Ele já tinha um plano em mente.
V.7-8: Filipe foi testado por Jesus. Quando o Mestre pergunta onde compraremos, também sabia que eles não tinham dinheiro suficiente para comprar. Porque Filipe foi questionado sobre isso? Já percebeu que Cristo  distribuía funções para seus discípulos? Ele confiava tarefa a Eles, lembra que Jesus tinha um tesoureiro ( Judas Iscariotes), João Evangelista era seu secretário e Filipe era aquele que trabalhava na “logística”. Era como se fosse um “Almoxarife” também se assim podemos dizer. O mais impressionante é a ética e respeito que o Mestre tem com os seus liderados, Ele tinha poder para operar sem precisar de ninguém, porém respeitava a posição daqueles que Ele mesmo estabeleceu. Por isso consultou Filipe. Se fosse eu e você, o que pensaríamos? O Senhor está querendo me envergonhar só pode.... Deus está querendo mais do que eu posso dar...... Mas não é por essa ótica que devemos ver as coisas. Lembre que o céu vai se movimentar quando você fazer a sua parte. É como se Jesus dissesse: - Filipe, faz a tua parte, coloca em minhas mãos e eu faço aquilo que você não consegue!

Conclusão –
Através desses versículos entendemos que Deus está sempre pronto a nos ajudar e fazer o extraordinário. Porém tem uma frase que gosto muito que diz:
“Aquilo que você não pode fazer Deus movimenta  o céu inteiro para fazer, porém aquilo que você deve fazer, o céu não fará nada, nenhum movimento por você.”
Isso nos dá uma grande lição, pois quantas vezes desistimos antes mesmo de tentar? Faça a sua parte, e apresente a Jesus. Lembre que nós fazemos o possível, e o nosso Deus faz o impossível.

V.9-11: Depois de procurar algum recurso entre o povo, pudemos notar que um menino tinha 5 pães e dois peixinhos. Uma coisa penso, será que em meio a tantas pessoas (a bíblia diz quase 5 mil homens) só ele realmente tinha alimento? Porém o que mais deve ser levado em conta é o coração doador do menino. Ele bem podia esconder e comer sozinho, não era obrigado a dar nada. Mas seu coração estava em ajudar com o que podia. Simão Pedro ainda diz: O que seria isso para tantos? O segredo está em colocar nas mãos de Deus. Aquilo que parece insignificante aos nossos olhos, quando colocados nas mãos do Senhor, se transforma em milagre.
Jesus organiza a multidão, após isso pega os pães e agradece. O segredo de muitas coisas está em agradecer. Tem vezes que pedimos, pedimos e nunca separamos tempo para agradecer. Olhe para a sua casa, olhe para a sua saúde, vejo quanto Deus tem feito por você. Separe hoje alguns minutos para orar e agradecer ao Senhor por tudo que Ele tem feito.
V.12-15: O milagre da multiplicação fez com que todos comessem e ficassem saciados, observe que Deus não é Deus de desperdícios, a narrativa diz que Jesus ordenou que recolhessem aquilo que sobrou, mostrando a responsabilidade com aquilo que Deus dá. Fica aqui um pensamento: De fato valorizamos o que Deus tem nos dado? Devemos ser mordomos dos bens e talentos dados pelo Nosso Senhor. Ele vai voltar e pedir a “prestação de contas” de tudo o que Ele nos confiou.
No versículo 15, vemos o segredo no ministério de Jesus, o secreto. A multidão estava querendo promover Jesus a rei, mas o coração do Mestre não era vaidoso, pois Ele mesmo disse que veio apenas para fazer a vontade do Pai. Após o milagre e a multidão querendo exaltá-lo, Ele vai para o monte sozinho. Sabe aqueles homens e mulheres de Deus, que são usados tremendamente que pensamos de onde vem tanta graça e unção? É o poder do Secreto. É o resultado de passar tempo a sós com Deus, é aquilo que você faz na intimidade com Deus. Se aprendermos esses passos com Jesus, seremos bem sucedidos, e com certeza as pessoas a nossa volta irão conferir que Deus é comigo e contigo.

Análise do texto – Vers. 16-21
16-18. De acordo com Marcos 6.45, Jesus "compeliu" (anankazo) seus discípulos a embarcar e voltar através do lago; talvez ele visse que eles estavam sendo contagiados com o entusiasmo da multidão. Marcos acrescenta (6.46) que Jesus subiu sozinho ao monte para orar; o que João nos acaba de contar mostra como tal ação era uma necessidade premente. Os discípulos, por sua vez, ao atravessarem o lado oriental do lago, tiveram de enfrentar um vento que além de forte, era contrário (veja Mc 6.48). Durante a maior parte do tempo o ar está parado e carregado, mas as correntes frias que vêm do oeste são sugadas para baixo em redemoinhos, ou canalizadas pelos vales estreitos que convergem no lago. Então se levantam estas tempestades repentinas pelas quais a região é conhecida.
 O estádio descrito na bíblia equivale a uns 200 metros: Eles tinham remado uns cinco ou seis quilômetros. Da vizinhança de Betsaida, através do Lago, até Cafarnaum seriam uns 8 quilômetros.

João queria dizer que eles estavam acompanhando a costa e viram Jesus cortando caminho pelo mar.
É verdade que os termos dos sinóticos não podem determinar a exegese de João, mas João não costuma disfarçar o elemento milagroso na narrativa do seu evangelho. Além disso, não haveria razão para medo se os discípulos vissem Jesus andando ao seu lado no mar; eles gritaram porque o viram andando sobre o mar, porque pensaram (como percebemos em Marcos 6.49) ser um fantasma.
As palavras de Jesus acalmaram os temores. O presente do imperativo
do (mē phobeisthe) significa " não continuem tendo medo", isto é, “ parem de ter medo".  Portanto, assim que os discípulos compreenderam que realmente estavam vendo seu Mestre, não um fantasma, eles o receberam com alegria no seu barco e quase ao amanhecer chegaram seguros em Cafarnaum.

Conclusão –
Em muitos momentos da vida achamos que Jesus está longe e não vem nos socorrer. Mas nessa hora a confiança deve sobrepor o medo, jamais devemos pensar que Ele não vê ou que vamos perecer. Tudo é questão de esperar e confiar. Jesus não chega antes e nem depois, Ele vem na hora certa. Glória a Deus!

Análise do texto – Vers. 22 ao 59
O começo do parágrafo  introduz um novo cenário e ainda assim fornece continuidade com o que foi dito anteriormente. A multidão, que parece ter passado a noite na zona rural circunvizinha, vê que os discípulos partiram sem Jesus. Eles obviamente ficam perplexos quanto ao local onde o Senhor poderia estar. Então, embarcando em pequenos barcos provenientes de Tiberíades, eles atravessam o mar e voltam para Cafarnaum em busca dEle.

V.25. Aqui a multidão encontra o Senhor Jesus e obviamente faz a seguinte pergunta: "Como você chegou aqui?". Ao invés de respondê-la, o Senhor trata diretamente da motivação que a multidão tinha para buscá-Lo. Ele declara que o que Ele havia feito não tinha como propósito apenas a alimentação de um grande grupo de pessoas, mas sim uma razão especial. Parece óbvio que o milagre foi realizado para apontar Jesus como o novo Moisés , e ainda mais que isso, e como o cumprimento da Páscoa — e ainda mais que isso, o pão que Ele deu aos homens representa muito mais —na verdade, ele representa o "Pão da vida".
V.27: Jesus aconselha seus ouvintes a priorizarem aquilo que é valioso. A ênfase errada que eles tinham  (claramente vista na motivação para buscá-Lo) é comparada aqui a busca pelo pão que se estraga, ao invés do pão que "permanece para a vida eterna". Este pão por sua vez, é encontrado em apenas um: o Filho do Homem. Este é o pão que o Pai — o próprio Deus — selou/separou, colocou sua marca Nele, por assim dizer. Ao longo deste discurso, Jesus irá fazer uma conexão íntima entre Sua pessoa e a vida eterna que Ele dá. Não se pode ter a vida eterna sem ter uma compreensão adequada dAquele que a dá: o Senhor Jesus Cristo.
O uso do termo "trabalho" no versículo 27 induz a pergunta feita ao Senhor: "O que devemos fazer para realizar as obras de Deus?". Parece haver uma mudança de foco aqui, uma vez que é provável que a multidão ainda estivesse presa ao milagre ao invés de seu significado. Ou seja, o que eles queriam realmente saber era como poderiam realizar os milagres que Jesus fazia. A resposta de Jesus, assim como suas respostas à mulher no poço, redireciona magistralmente a conversa aos seus objetivos. A obra de Deus, Jesus diz, é crer nEle! Esta é a obra de Deus. Nossos sentidos são frequentemente insensíveis ao tremendo impacto de declarações como esta, devido à nossa familiaridade com a pessoa do Senhor Jesus. Mas é importante tentar entender esse tipo de declaração no contexto em que ela foi originalmente proferida. Nenhum profeta de Israel ousou proferir tais palavras! Eles sempre colocavam o foco exclusivamente em Deus e bem longe deles. Jesus, no entanto, igualou as "obras de Deus" com a fé em Sua pessoa.
V.32-33:  Declarou-lhes Jesus: "Digo-lhes a verdade: Não foi Moisés quem lhes deu pão do céu, mas é meu Pai quem lhes dá o verdadeiro pão do céu. Pois o pão de Deus é aquele que desceu do céu e dá vida ao mundo".
A citação retirada de Salmos 78: 24, dada pelo povo, identifica especificamente o Senhor como o "Ele" que havia dado o pão no deserto. Possivelmente o povo estava relacionando isso — diretamente ou por implicação — a Moisés, e, portanto, Jesus os corrige. Ou isso ou eles estão fazendo a comparação entre Ele — a quem alguns tinham dito "este é verdadeiramente o Profeta"  O Pai deu o maná no deserto, mas agora está dando — tempo presente— o "verdadeiro pão do céu" que não é um alimento perecível, mas sim uma pessoa: "aquele que desceu do céu". Mais uma vez a magnitude destas palavras deve ser aproveitada. Em todo caso, as primeiras coisas —tão preciosas para o povo de Israel — são ofuscadas pela vida e pelo ministério de Jesus, e ainda mais por Sua própria pessoa! O verdadeiro pão é uma pessoa que desceu do céu.

V.34-35: Nesses versículos podemos  ver que a multidão continua em sua cegueira, incapaz de ver o verdadeiro significado das palavras de Jesus. Ainda lembrando da alimentação dos 5.000, eles clamam pelo fornecimento contínuo do pão celestial. Em resposta, Jesus é bem específico: Ele mesmo é o pão. Aquele que "vem a mim", uma clara referência à fé, como o paralelo irá mostrar, não terá fome daí, o pão é espiritual, não natural — e aquele que "crê em mim" nunca mais terá sede. A referência à sede parece um pouco fora de contexto aqui, uma vez que até este ponto apenas temos tratado de alimento. Mas a verdade é que não existe nenhuma dificuldade, pois Jesus não está se referindo ao consumo físico de alimentos, Ele está se referindo à necessidade espiritual. O homem tem uma necessidade espiritual : fome e sede. Jesus atende a essa necessidade por completo e para sempre. Os termos "vir" e "acreditar" irão se tornar "comer" e "beber" no verso 54. Existe uma clara progressão nestes termos que será registrada no comentário.


V.36: O Senhor conhece os seus corações, seus pensamentos, suas mentes. Apesar de eles terem confessado que Jesus era um profeta (verso 14), Ele sabe que eles não "creram", pois este não é o nível mais alto e mais verdadeiro de fé que João descreve em seu evangelho. Apesar de eles terem visto o pão da vida, não acreditaram nEle. Eles foram confrontados com a revelação do próprio Deus, mas não a aceitaram.

V.37  E 39:  Esta seção continua o pensamento do versículo 36. Porém devemos analisar com cuidado para não limitarmos a expressão “ Salvar a Todos”. Quem lê rapidamente pode pensar que Deus deu a Jesus “alguns” para a salvação. Porém o que realmente é descrito aqui é que: Deus não quer que nenhum daqueles que Ele deu a Jesus se perca, pois deseja salvá-los. Porém a parte de Deus foi feita, que é dar o seu Filho, e mostrar o caminho até Ele. Seria impossível alguém chegar até Jesus, se não fosse a revelação do caminho ao qual Deus nos concedeu. A responsabilidade do homem é ouvir e crer, se este homem recusar, infelizmente já está condenado.
Que palavras bonitas para o coração do pecador! Aqueles que vêm a Cristo irão descobrir que Ele é um Senhor amoroso que nunca lançará fora os que confiam nEle!
V.41 e 42:  A reação humana da multidão não é surpreendente. A afirmação de Jesus finalmente a penetrar suas mentes, embora eles pareçam estar fugindo da mensagem do Senhor! Eles começam a criticá-lo por causa de sua reivindicação de origem celeste. As perguntas são simples: Não é este Jesus, o filho de José? Podemos nos opor ao termo "filho de José.  A ênfase está mais sobre o fato de que a família e as origens de Jesus eram conhecidas na sinagoga de Cafarnaum, eles conheciam a família do Senhor. Pensando em termos estritamente humanos, não entendendo a declaração do próprio João de que o Verbo se tornou carne, ou seja, da natureza dual do Senhor.



V.47 :
Quem crê, diz Jesus, tem — tempo presente, ação contínua — a vida eterna. A vida eterna não está relacionada simplesmente à duração da vida, mas também à qualidade de vida — não é apenas algo futuro, mas presente também. Mas no que essa pessoa "crê"? Na Bíblia a fé sempre tem um objeto — nunca existe num vácuo. A fé não é uma entidade separada com existência própria. Parece que, no contexto, o principal objeto da fé é a pessoa de Jesus Cristo — o que é visto de várias maneiras. Primeiro, no versículo 46 Ele afirma ser "aquele que vem de Deus". No versículo 48 Ele fala que é o pão da vida. Ambas as declarações são afirmações sobre quem Jesus é — e, portanto, são objetos próprios da fé. Além disso, a maior parte da tradição textual lê "crê em mim" no verso 47. Aparentemente muitos escribas posteriores viram a fé como sendo aquela exercida no Senhor Jesus, e isso se encaixa muito bem no contexto.

Após a repetida afirmação de Ele ser o pão da vida, parece que estamos voltando à conversa original depois de tratarmos (com necessidade) daquilo que diz respeito à origem da fé verdadeira: o Pai. Jesus agora recomeça a busca do tópico original. Os pais do êxodo comeram o maná no deserto e morreram, mas o pão que desce do céu — Ele mesmo — é muito superior — Ele toma a comparação anterior entre o maná e o milagre da alimentação dos 5.000 — ao maná, pois esse era simplesmente um retrato daquilo que viria posteriormente em Cristo. Aquele que "come" deste pão nunca morrerá. O "comer" aqui é paralelo ao "crer" do verso 47: qualquer tentativa de tornar isso uma ação física perde todo o propósito da fala do Senhor. Aquele que crê tem a vida eterna: quem come do verdadeiro pão do céu nunca morrerá. Comer = acreditar.


V.52
ao 59:  Os judeus, ainda interpretando a conversa no plano físico, e recusando seguir a Jesus acerca da verdade espiritual subjacente a simbologia de Suas palavras, começam a discutir entre si acerca disso. É intrigante que frequentemente os homens brigam entre si por causa de teologia ao invés de deixarem a Palavra decidir a questão. Isso é verdade ainda hoje. As coisas mudam muito pouco ao longo do tempo. Os homens perguntam como Jesus pode dar a sua carne para eles comerem. É claro que Jesus não está dizendo que Ele irá fazer isso. Ele está falando de Seu sacrifício vindouro, do resultante perdão de pecados e da vida eterna para todos aqueles que estão unidos a Ele.
Eles insistiam e não abriam os ouvidos espirituais para entender o que o Mestre falava.
Porém existem algumas advertências nesses versículos, são Elas:
·         Se não comerdes da carne e não beberdes do sangue de Jesus não terá vida em si mesmo.
·         Quem comer da carne e beber do sangue de Jesus, será ressuscitado no último dia.
·         Quem comer da carne e beber do sangue de Jesus permanece Nele e Ele em vós.
·         Quem comer da carne e beber do sangue de Jesus viverá para sempre.
Essas declarações eram promessas e uma alusão ao grande mandamento para a igreja deixado no dia da Ceia do Senhor:
  E, tomando o pão, e havendo dado graças, partiu-o, e deu-lho, dizendo: Isto é o meu corpo, que por vós é dado; fazei isto em memória de mim.
Semelhantemente, tomou o cálice, depois da ceia, dizendo: Este cálice é o novo testamento no meu sangue, que é derramado por vós.”
(Lucas 22:19,20)

Muitos menosprezam o dia da Ceia do Senhor e a tratam como algo comum e dispensável. Mas não foi assim que Jesus nos ensinou. A ceia do Senhor é ainda realizada nas igrejas como “Memória de Jesus. Não lembrar como algo passado e antigo, mas sim como algo vivo e atual. O sacrifico de Jesus jamais perdeu  a validade e importância, e nós como cristãos, devemos participar com a igreja da ordenança deixada como prática.


Análise do texto – Vers. 60 ao 71
É triste ver o uso de João do termo "discípulo" aqui: muitos tinham seguido a Jesus de uma forma que poderia ser chamado de "discipulado", mas que não era uma convicção sincera, Eles ficaram "escandalizados" pela dureza das palavras de Jesus. Muitos odeiam o forte ensinamento da Bíblia. O relativismo é o veneno mortal do homem moderno. A pergunta, "Quem consegue ouvi-la?" entra na categoria de duplo uso da palavra "ouvir" no evangelho de João. Somente aqueles que "ouvem" do Pai e aprendem com Ele tem a vida eterna.

Jesus conhece os pensamentos desses discípulos superficiais e faz a eles uma simples pergunta: Se eles estão escandalizados com essas verdades básicas sobre Sua pessoa, o que eles irão fazer se O verem em Sua glória, a mesma glória que Ele compartilhou com o Pai antes de o mundo vir a existir (João 17:5)? Certamente isso seria ainda mais difícil deles lidarem. Como Jesus disse a Nicodemos: Se eu falo com você das coisas terrenas e você não acredita, como é que você irá acreditar quando eu falar das coisas celestiais?


V.62 ao 64: 
Aqui começa uma prova de Jesus com aqueles que realmente se interessam pela verdade. Mas será que nem mesmo esses discípulos entendem a diferença entre espírito e carne? Porventura, eles não entenderam a óbvia dualidade aqui? É o Espírito que dá vida, a carne não produz nada que se aproveite. Estas palavras de Jesus são espírito e vida, mas ainda assim eles não entendem, porque não acreditam. Jesus sabia quem não acreditava, assim como sabia quem iria traí-lo.

V.65-66 : Jesus foi o maior pregador,Mestre e ensinador de todos os tempos, no entanto, muitos de seus discípulos "voltaram atrás e deixaram de segui-lo". Nada diferente dos dias de hoje não é mesmo? Evangelho é confronto e requer renúncias. Quando o homem ainda está preso em seus próprios pensamentos e guiados pelo seu próprio coração, rapidamente volta atrás. Viver com Jesus requer entrega e dedicação. Se nós não formos como Ele quer, nossa carne nos levará para longe Dele.
Qual será nossa escolha?Eu escolho Jesus. Escolha Ele você também!

V.67-69: Pode-se ver o Senhor Jesus se voltando a seu pequeno grupo de discípulos. Foi um dia bem difícil para eles. Eles viram o milagre da alimentação dos 5.000 e, logo depois, o Seu Mestre rejeitar a realeza oferecida. Eles viram Jesus andar sobre as águas, mas depois disso viram as falas mais difíceis que Jesus tinha proferido até então. Este Messias é bem diferente do que o que eles estavam esperando! Nesse momento, a grande multidão estava saindo. Muitos estão indo embora. Tudo parece estar terminando em fracasso. E Jesus se volta para eles e pergunta: "Vocês também não querem ir?".

O impetuoso Simão Pedro responde por toda a equipe de discípulos: "Senhor, para quem iremos?" Quão valiosas essas palavras devem ter sido para o Senhor! Pedro confessa que estes homens compreendiam que Suas palavras eram referentes à vida eterna, e que eles têm acreditado e conhecido que Jesus é o Santo de Deus. Que conforto isso foi ao Seu coração.  Isso nos mostra que Jesus não obriga ninguém a segui-lo,  mas porém, quando decidirmos por Ele devemos obedecer sem pestanejar ou murmurar. O verdadeiro servo do Senhor está sempre disposto a permanecer ainda que a maioria vire as costas para Ele.

V.70 E 71: Há amor na voz de Jesus quando Ele fala de que escolheu estes homens. Ainda assim, mesmo aqui, a terrível traição não é deixada fora de vista. Um desses homens não entende o amor de Jesus. Um desses homens é o "filho da perdição". Somente depois de Judas deixá-los na noite da traição foi que Jesus teve total liberdade de abrir Seu coração.


Conclusão –
Podemos extrair várias lições do capítulo 06, a primeira delas é que Jesus pode multiplicar aquilo que colocamos sem suas mãos. Devemos confiar na provisão Divina, e saber que em tudo Ele tem um plano.
A segunda lição do capítulo é que não devemos temer as tempestades da vida, pois o nosso Mestre não perde o controle da embarcação. Que o nosso coração aprenda a confiar no Senhor, e em que nenhum momento venhamos duvidar do seu amor e cuidado para conosco.
O ultimo ensino é que Ele (Jesus) é o Pão da Vida. Ele é o pão que nos alimenta e sustenta. Como viveríamos sem Ele? Quão pobres seríamos sem buscar e sentir a presença do Senhor? Que possamos seguir seus ensinos e não esquecer da ordenança: Comer da sua carne e beber do seu sangue, que jamais venhamos participar da ceia sem o devido entendimento do tão sublime significado que ela possui!
Deus abençoe!

Pastor Paulo Alves

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