ANÁLISE DO EVANGELHO DE JOÃO – CAPÍTULO 07 (Explicação/ Estudo/Esboço)

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ANÁLISE DO EVANGELHO DE JOÃO – CAPÍTULO 07

INTRODUÇÃO: O capítulo mostra o drama vivido pelo mestre Jesus. No final do capítulo seis, vimos que alguns de seus “seguidores” tornaram para trás e deixaram de segui-lo, neste agora notaremos a incredulidade de pessoas próximas ao Mestre. Isso talvez trará conforto para quem está firme na igreja e algum familiar seu ainda não segue a mesma fé. Não podemos desanimar ante a afronta que por ventura recebemos por nossa fé em Cristo. Jesus sendo o Filho de Deus passou por muitos momentos tristes e amargos, o evangelho de João retrata esses momentos de dores para mostrar a humanidade do Messias. Mesmo sendo totalmente Deus, ele foi totalmente homem, Ele nunca usou seus poderes divinos para se defender de ataques ou aliviar suas dores. O que movia Jesus era a obediência e a dependência do Pai, assim foi desde o seu nascimento, até suas ascensão ao Céu.

Análise do texto – Vers. 1 ao 9.
Expressões-chave: Festa dos tabernáculo ,lei , Moisés,circuncisão, águas vivas.
Fica cada vez mais evidente as conspirações para prenderem e matarem Jesus. Ele bem sabia em que lugar deveria ir, porém sabia que ainda não era tempo de ser preso ou morto. Veja que os próprios judeus eram o “centro” dessas objeções(desejo de prender e matar o Messias), por isso o capítulo inicia relatando que Jesus evitava andar agora pela Judéia.
A Festa dos Tabernáculos acontecia 6 meses após a festa da Páscoa. Era uma das três festividades mais importantes do ano judaico, e em Jerusalém celebrava-se durante oito dias. Peregrinos judeus de todas as partes do mundo do romano e parto afluíam para lá. Os homens ficavam em barracas construídas sobre o teto das casas ou em um outro lugar, comemorando a fidelidade de Deus para com o seu povo quando habitavam em barracas no deserto. Esta festa era conhecida por sua celebração jubilosa.
No versículo três em diante surgem os irmãos de Jesus (familiares) tentando dizer o que Jesus deveria fazer. Note que eles dizem: “Vá para a Judéia”. Justamente o lugar onde o Messias estava evitando ir para evitar transtornos e confusões. Obviamente que os discípulos que precisavam ver “sinais” não são aqueles que posteriormente tornaram-se apóstolos, mas muitos dos seguidores que não seguiam o Mestre confiando verdadeiramente em suas palavras e pregações.
No versículo quatro tratam Jesus com palavra irônica, dizendo que o que Ele fazia era para ser conhecido, e se Ele fazia para tal não deveria permanecer oculto. Para um homem comum agarrado com a vaidade, esta seria uma ótima ideia, porém nós sabemos que Jesus não queria glória para si mesmo, todas as obras e sinais eram para apontar e glorificar o Pai. Esse incentivo “mostra-te ao mundo”, proferido por seus irmãos, assemelha-se muito com a tentação de Jesus em Mateus 4. Jesus tinha propósitos, não queria a glória deste mundo.
A expressão: Nem mesmo seus irmãos criam nele poderia ser pelo mesmo motivo dos quais hoje, filhos de “crente “ não serem de fatos genuínos cristãos. É necessário ter intimidade com Jesus, é preciso ter experiência com Ele. Esse versículo mostra que seus irmãos não tinham compreendido a missão do Messias. Desde sua infância Jesus sempre se destacou por sua obediência e por seu desenvolvimento espiritual, Ele nunca deu motivo para que sua santidade fosse colocada em dúvida.
“E o menino crescia, e se fortalecia em espírito, cheio de sabedoria; e a graça de Deus estava sobre ele.”
(Lucas 2:40).
Mas o Senhor não provou nada naquele momento pois sabia que não era chegado o tempo, ainda que seus familiares insistissem na ideia de que Jesus sempre estaria “pronto” ou que não existia esse chamado “ O tempo do Pai”.
O versículo 7 deixa explícito porque os irmãos de Jesus não eram odiados como Cristo era. Eles eram parecidos com o mundo, não eram defensores da verdade e nem confrontavam o sistema religioso predominante da época.
Os seus familiares queriam que Jesus fosse a festa, e lá demonstrasse perante todo o povo que de fato Ele era o Messias, mas Jesus diante dessa situação
 (também sabendo que seus irmãos não criam de verdade) preferiu não acompanhá-los até a festa.

Conclusão –
Quanto mais parecidos com Jesus nós sermos, mais afronta iremos receber. O mundo não deve nos amar, pois a bíblia diz que quem se intitular amigo de Deus, se faz inimigo do mundo. O mundo cristão atual está marcado por “estrelismo gospel”, nossos cantores e pastores em sua maioria são aplaudidos pela mídia e convidados para programas de televisão. Sinceramente responda, acha que Jesus, pregando o que pregava, sendo verdadeiro como era, seria aplaudido em programas de TV e amado por todos? Obviamente não. E muito me incomoda o fato do mundo estar “gostando” dos cristãos, pois o que Jesus disse é totalmente ao contrário, se de fato formos como Ele foi, seremos odiados pelo mundo. Fica aqui um pensamento, será que estamos realmente sendo como Jesus?
Outra lição que fica dos versículos lidos é que mesmo que alguém da nossa família ainda não creia e esteja longe de servir a Jesus e reconhecê-lo como seu Salvador, devemos esperar e crer na transformação. Quem convence o homem do pecado é o Espírito Santo, Jesus não forçou seus familiares a crerem, porém seus irmãos que no início desacreditavam tornaram-se ótimos cristãos leia o Livro de Tiago e o de Judas e verás que seus irmãos escreveram dois livros do novo testamento. Tudo é questão de esperar e confiar!

Análise do texto – Vers. 10 ao 29
O Pai deu o sinal depois que os irmãos tinham partido para a Judéia.
A ida de Jesus para Jerusalém em oculto forma um contraste intencional com a
insistência dos seus irmãos para que fosse granjear publicidade. A hora apropriada de entrar publicamente em Jerusalém ainda não chegara; ela veio seis meses depois (veja 12.12ss.). Mas ele já estava despedindo-se da Galiléia, para não mais vê-la antes de sua morte. É muito provável que ele tenha sido
acompanhado pelo menos por alguns discípulos nesta viagem secreta à Judéia,
apesar de eles não serem mencionados diretamente.
  Já em Jerusalém alguns membros do sinédrio O procuram para saber seu paradeiro, fica muito obvio que a festa para muitos fariseus  já não era o foco, pois queriam prender Jesus.
Em contra partida, Os ensinos de Jesus no templo deixava muitos maravilhados, alguns diziam: Como sabe esses letras, não as tendo aprendido? Porém a sabedoria do Senhor Jesus era advinda dos céus, era a sabedoria que vem do alto.
Nos versículos seguintes, fica claro e evidente a “ignorância” de muitos judeus. Eles não conseguiam dizer certamente de onde viria o Messias prometido, ( Leia o versículo 27). Os mestres fariseus, rabinos, escribas em sua maioria deixavam o povo viver sem o verdadeiro conhecimento das escrituras, pois se conhecessem de fato ensinariam o povo ( pois o antigo testamento é claro nesse quesito) de onde viria o Messias, como seria a sua origem, vida e morte. E infelizmente as palavras de Oséias e Isaías voltavam a fazer sentido naqueles dias, leia:
O boi conhece o seu possuidor, e o jumento a manjedoura do seu dono; mas Israel não tem conhecimento, o meu povo não entende.
(Isaías 1:3)
 O meu povo foi destruído, porque lhe faltou o conhecimento; porque tu rejeitaste o conhecimento, também eu te rejeitarei, para que não sejas sacerdote diante de mim; e, visto que te esqueceste da lei do teu Deus, também eu me esquecerei de teus filhos.”
(Oséias 4:6)
Como um povo mal ensinado conseguiria reconhecer o Messias?O parâmetro legal é as escrituras e se não buscamos conhecê-las, jamais conheceremos Deus e a sua vontade.

Análise do texto – Vers. 30 ao 36
Por não conhecer as escrituras e não ter sensibilidade espiritual, era que os fariseus e membros do sinédrio faziam movimentação para tentar prender Jesus na festa. Só não o fizeram porque a maioria do povo se identificava com Jesus, além disso Deus não permitira porque não tinha chegado a hora.

Análise do texto – Vers. 37 ao 44.
No último dia festa dos Tabernáculos , aqui provavelmente é o oitavo da temporada. Pois ao menos nos sete primeiros os sacerdotes marchavam em procissão do poço de Siloé até o templo e, aí chegando, vertiam água ao pé do altar. Os peregrinos que haviam chegado para a festa assistiam a esse ritual, que os judeus espalhados através do mundo romano bem conheciam. Para conservação de sua memória, cenas do evento eram gravadas até mesmo em vasos de argila que os peregrinos, na volta para casa, levavam consigo.  A leitura pública das Escrituras, nessa festa, incluía a única passagem nos profetas que enfatizava essa celebração: Zacarias 14, interpretada em conjunção com Ezequiel 47. Juntos, esses textos ensinavam que rios de água viva fluiriam no templo (pela doutrina judaica no centro mesmo da Terra. Isto é, a partir da pedra angular do templo), trazendo vida nova ao planeta, além da simbologia da água como do derramamento do Espírito sobre toda carne.
Diz a tradição que durante o ritual dos sacerdotes com a água sendo derramada no altar, esses momentos eram acompanhados por canções de júbilo do povo Judeu, com seguida pronuncia dos sacerdotes dizendo: “ Nós cremos que o Messias virá, e quando vier, aquilo que hoje fazemos de forma limitada e reduzida,  é apenas uma amostra apontado o que Ele fará, quando Ele(o Messias) vier, fará com que brote desse altar rios de água viva, essas águas saciarão a nossa sede e dentro de nós rios de águas vivas fluirão.”

Isso justifica o momento e a fala de Jesus perante todos eles:
E no último dia, o grande dia da festa, Jesus pôs-se em pé, e clamou, dizendo: Se alguém tem sede, venha a mim, e beba.
Quem crê em mim, como diz a Escritura, rios de água viva correrão do seu ventre.
E isto disse ele do Espírito que haviam de receber os que nele cressem; porque o Espírito Santo ainda não fora dado, por ainda Jesus não ter sido glorificado.
(João 7:37-39)
Naquele momento esta se cumprindo as escrituras, o Messias estava no meio deles. Esse momento foi tão marcante ao ponto de alguns ressaltarem “ Este realmente é Profeta, é o Cristo!

Análise do texto – Versículos 45 ao 53:
Terminando o seu discurso muitos ficaram impactados com as palavras do Mestre, pois eles nunca tinham ouvido alguém falar com tanto autoridade e unção. Mas em contraste com esse cenário de fé, surgem os fariseus indignados com o fato de não prenderem Jesus. E nesse cenário surge mais uma vez o personagem do capítulo 3 chamado Nicodemos. Lembra que em minha observação sobre o motivo pelo qual Nicodemos foi ter com Jesus era a justiça? Aqui se confirma, pois ele diz no versículo 51: “Porventura nossa lei condena um homem sem primeiro ouvir e sem ter conhecimento do que faz”.
Com um bom fariseu e membro do sinédrio, Nicodemos deveria ter senso de Justiça, porém seus companheiros de ministério não estavam tão interessados em ouvir Jesus e nem agir com verdadeira justiça. Nicodemos pode ouví-lo e saber quem de Fato Jesus era, por isso se pronunciou e não concordou com os outros.

Conclusão –
A lição principal deste capítulo é  que nós não venhamos seguir a Jesus sem conhecê-lo. Não adianta ouvir sobre Ele, e não ter curiosidade e desejo de conhecê-lo mais. Saia da fé superficial e caminhe para a fé sobrenatural. A fé que não está firmadas apenas em discursos bonitos e vazios, mas sim no dia a dia de experiência com o Mestre.
Deus abençoe!
 Pastor Paulo Alves

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Um comentário:

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Att:Paulo Diego Alves