EPÍSTOLAS AOS EFÉSIOS – CAPÍTULO 05
INTRODUÇÃO:
Em
Efésios 5, Paulo fala sobre a importância do povo de Deus andar em santificação. Não podemos viver segundo
as inclinações e concupiscências da carne. Devemos abandonar a velha maneira de
viver e andar segundo a palavra do Senhor. É
muito importante que aprendamos a compreender a vontade do Senhor Deus em
nossas vidas. Somos tentados a seguir tantas coisas, e no final o que importa é
agradá-lo.
Neste
capítulo Paulo também fala da necessidade de sermos cheios do Espírito Santo. Para isso, os crentes devem santificar-se
e afastar-se do mal dia após dia. Os cultos, devem ser voltados para Deus,
com: “salmos,
hinos e cânticos espirituais, cantando e louvando de coração
ao Senhor, dando graças constantemente a Deus Pai por todas as coisas, em nome
de nosso Senhor Jesus Cristo”.
Por fim aprenderemos como
um casal cristão deve se portar e conviver. A bíblia no orienta acerca de
muitos assuntos e esse é importantíssimo para a vida cristã, pois a bíblia diz:
Mas, se alguém não tem cuidado dos seus, e principalmente dos da sua
família, negou a fé, e é pior do que o infiel. (1 Timóteo 5:8)
Análise
do texto – Vers. 1 ao 13
V.1
e 2: Os cristãos devem ser “imitadores de Deus”, no sentido de que devemos olhar para os outros
como o Senhor olhou para nós. Ele nos amou quando éramos inimigos Dele, nos deu
uma chance e devemos fazer como Cristo nos ensinou. Jesus é o maior exemplo de
servo, pois sendo Deus, se entregou por nós, não fez isso por nenhuma outra
razão, há não ser pelo seu grande e infinito amor. E como Ele assim o fez,
também devemos desta maneira proceder.
V.3-4 – Um alerta é dado a todos os cristãos. A cidade de Éfeso, com seu templo pagão dedicado a Diana (At 19.23-31), e uma alegoria da nossa
sociedade, entregue a imoralidade sexual
e a ganância desenfreada. Paulo advertiu os cristãos em Éfeso para que
evitassem essas concupiscências.
A vida cristã não deve ser degenerada por
torpezas, nem parvoíces, nem chocarrices, pois essas coisas não honram a Deus
nem redundam em graças a Ele pela nossa redenção. Quantos homens de Deus que num
dia profetizam bênçãos e no outro estão com os lábios impuros amaldiçoando e
falando palavrões. A bíblia é bem clara
sobre isso:
Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, mas só a que
seja boa para a necessária edificação, a fim de que ministre graça aos que a
ouvem. ( Ef 4:29)
A
bíblia Também fala sobre a fonte:
“De uma mesma boca procede bênção e
maldição. Meus irmãos, não convém que isto se faça assim.
Porventura deita alguma fonte de um mesmo
manancial água doce e água amargosa?
Meus irmãos, pode também a figueira produzir
azeitonas, ou a videira figos? Assim tampouco pode uma fonte dar água salgada e
doce.”
(Tiago 3:10-12)
V.5 e 6: Em muitos círculos religiosos, a
falta de princípios morais revela a contradição a Palavra de Deus. O impuro e ganancioso não terá herança no
Reino.
Observe o comentário sobre a expressão
filhos da desobediência em Efésios 2.2. A ira de Deus esta sobre aqueles cujas
praticas pecaminosas são mencionadas em Efésios 5.5. Não podemos nos
enganar, pois Deus não se deixa escarnecer. Os servos de Deus verdadeiros
conhecem aqueles que não são do Senhor. Porém devemos ter cautela para não
seguir a homens desobedientes e desagradarmos o nosso Deus. Fuja do mal e da
aparência dele.
V.7-10 - O cristão passou das trevas (o reino do pecado e do diabo) para a
luz (o reino da justiça). Quando Paulo utiliza o verbo andar (andai), esta dizendo
que os cristãos devem mudar seu modo de pensar, sentir, agir e comportar-se,
para que sejam condizentes com a posição que agora ocupam em Cristo (Rm. 12.2). Devemos ser o sal da terra,
fomos chamados para influenciar e não sermos influenciados. Os servos de Deus
devem fazer a diferença por onde passarem, no emprego, na vizinhança, na escola
etc. Existe uma grande diferença entre aquele que fala de Deus daquele que vive
com Deus. O mundo vive em plena treva, e nós devemos levar a luz para que estes
se arrependam e se acheguem a salvação que há em Cristo Jesus.
V.11 – Os verdadeiros servos não compactuam com o erro. Paulo nesse
versículo não diz para que não nos comuniquemos com os pecadores e venhamos os
condenar, o que não podemos
fazer é ter comunhão com pessoas que não vivem como Cristo nos ensinou (leia):
“Porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos,
presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos,
profanos,
Sem afeto natural, irreconciliáveis,
caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons,
Traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos
dos deleites do que amigos de Deus,
Tendo aparência de piedade, mas negando a
eficácia dela. Destes afasta-te. (2 Timóteo 3:2-5)”
Muitas pessoas acabam
aceitando certas situações por não saber como falar e confrontar o erro. Por
isso é necessário buscarmos o Espírito Santo, pois Ele nos da ousadia e coragem
para testemunhar da verdade. Se ninguém confrontar o erro como as pessoas se
converterão a Cristo? Pense nisso!
Ame o pecador,
mas odeie o pecado ( Pr Paulo Alves)
V.12, 13: Eis aqui o motivo para não andar com homens
enganadores e na pratica das coisas que o Senhor abomina: Pois tudo será
manifesto! Nada permanecerá no oculto, pois a palavra de Deus garante que
tudo será revelado, e um dia, as coisas virão á tona: Porque Deus há de trazer a juízo toda a
obra, e até tudo o que está encoberto, quer seja bom, quer seja mau. (Eclesiastes 12:14)
Análise
do texto – Vers. 14 ao 21
V.14 e 15: “Desperta, o tu
que dormes.” Paulo tinha preocupação com a igreja em Éfeso. Pois é fácil “adormecer” na fé e cair no sono
profundo na vida espiritual. Essa palavra vem ao nosso encontro nos dias de
hoje, é um conselho para nós que diante das situações nos acomodamos. Veja o
que Jesus disse a igreja de Sardes:
E ao anjo da igreja que está em Sardes escreve: Isto diz o
que tem os sete espíritos de Deus, e as sete estrelas: Conheço as tuas obras,
que tens nome de que vives, e estás morto.
Sê vigilante, e confirma os restantes, que
estavam para morrer; porque não achei as tuas obras perfeitas diante de Deus.
Lembra-te, pois, do que tens recebido e ouvido,
e guarda-o, e arrepende-te. E, se não vigiares, virei sobre ti como um ladrão,
e não saberás a que hora sobre ti virei. (Apocalipse 3:1-3)
Quem olhava de fora para a igreja
de Sardes achava que estava tudo bem, porém o Senhor exortou-os dizendo que
perante Ele, muitos já estavam mortos, e que se nada fosse feito, outros iriam
morrer também. Obviamente que a morte descrita aqui é não é a morte do corpo,
mas sim da morte espiritual. Devemos buscar o avivamento hoje mesmo, e que não
venhamos cair no sono espiritual. Para que isso não aconteça é preciso andar
prudentemente, ou seja pisar
com cautela. Devemos observar por onde andamos para não termos contato com
influências indesejáveis e nem sermos induzidos ou guiados pelo mal.
V.16 - Remindo o tempo significa aproveitar bem o tempo e as
oportunidades que Deus nos dá para servir-lhe. Cada um de nós tem um tempo
limitado neste mundo, e Paulo exorta-nos a usar o máximo possível desse tempo,
da melhor forma possível, para promover os objetivos de Cristo.
V.17 - Não sejais insensatos, mas entendei. Discernir a vontade do Senhor não é uma questão de sentimento ou
emoção, mas de entendimento [racional] e discernimento [espiritual]. Para tal,
e necessário aplicar nossa mente a compreensão das Escrituras.
V.18 - Assim como a pessoa embriagada com vinho esta sob o efeito do
álcool, o cristão cheio do Espírito e controlado pelo Espírito Santo. Encher-se indica uma ação que vai além
de receber o selo do Espírito Santo (Ef. 1.13). Selar e uma ação feita por Deus no momento de nosso novo
nascimento. O tempo e o modo do verbo grego traduzido como enchei-vos [imperativo
afirmativo] indica que a ação no presente de encher-se pode ser repetida,
acontecendo em vários momentos. E algo que Paulo ordena que os cristãos de
Éfeso façam. Em outras palavras, nem todos os cristãos são cheios do Espírito,
mas todos foram selados com o Espírito quando se entregaram a Cristo (Ef.
4.30). Porém a ordem é ser cheio da
presença do Senhor! Que esse seja nosso propósito de oração e que façamos
uma escolha: Priorizar o Reino de Deus.
V.19 - Cantar e salmodiar ao Senhor é uma das práticas naturais de quem é
cheio do Espírito. Deus não quer uma voz
bonita, Deus quer ser louvado em espírito e em verdade. E os verdadeiros, amam
buscar e adorar ao Senhor. Quando do nosso dia, nós paramos e adoramos ao
Senhor? Será que iremos reduzir o louvor e adoração a subir no púlpito e pegar
um microfone? Deus deve ser adorado em todo tempo, em nossa casa, no trabalho e
por onde quer que estejamos. Louve e adore ao Senhor!
V.20 e21: Dando
sempre graças por tudo. Um cristão cheio
do Espírito Santo sabe agradecer ao Senhor. Não é só pedir e buscar, é ser
grato(a) por tudo que Ele É, e tem feito por nós. Todos os dias somos grandiosamente
abençoados por Deus, porém poucos reconhecem, enxergam e compreendem o favor
Divino.
Análise
do texto – Vers. 22 ao 33
V.22
ao 24: Uma interpretação
errada desse versículo pode fazer muitos discordarem de Paulo por acharem que o
apóstolo estava “rebaixando a mulher”. Porém é totalmente ao contrário disso.
Para quem não sabe quem trouxe a valorização da mulher e destacou a mulher a
sua importância foi Jesus e a igreja. Na cultura
judaica a mulher ocupava posição secundária e era parte da propriedade de um
homem (Gn 31.14,15). Na sociedade grega as mulheres eram tratadas como
inferiores e as esposas eram escravizadas. No Evangelho de Cristo as mulheres
alçaram posição de dignidade igual aos homens (Gl 3.28). Ao conversar com a
mulher samaritana, Cristo quebrou paradigmas da época e se opôs ao preconceito
e à discriminação (Jo 4.9,10). Portanto, a mulher cristã desfruta de plena
liberdade em Cristo e não está sujeita a nenhum sistema de escravidão (Gl
5.13).
O
conceito de submissão cristã. As
Escrituras ensinam a sujeição de “uns aos outros no temor de Deus” (5.21).
Nessa perspectiva alguns exemplos de submissão são apresentados: das esposas
aos seus maridos (5.22); dos filhos aos seus pais (6.1); dos servos aos seus
senhores (6.5). No caso das esposas, a submissão deve ser “assim como a igreja está sujeita a Cristo” (5.24). Portanto, aqui
não se trata de uma sujeição irracional ao domínio de alguém, mas voluntária e
de grata aceitação do amor e cuidado do marido. Por isso, nada há de
depreciativo nessa conduta, pois retrata o alto nível de relacionamento entre
Cristo e a sua amada Igreja. Também devemos entender que a submissão está ligada a uma missão ou propósito específico. O homem
tem o dever de liderar e cuidar da sua família, a por sua vez, a mulher deve
auxiliá-lo nessa missão. A receita para um lar abençoado é, cada
um entender o seu papel e saber que ninguém é mais ou menos importante nessa
sua missão chamada casamento/família. A palavra diz que a mulher sábia, edifica
a sua casa, porém a tola a destrói (PV
14:1).Que palavra gloriosa meus irmãos, sabemos que todo propósito de Deus
é maravilhoso, e que nenhum de seus planos podem ser impedidos. Deus projetou a
família, e Ele se agrada em ver um lar feliz e unido.
V.25
ao 29: O marido, além de
liderar deve também amar a sua esposa
assim como Cristo amou a Igreja (5.25).
Isso implica a prática de sacrifício, como diz as Escrituras: “Cristo amou a
igreja e a si mesmo se entregou por ela” (5.25b). O amor de Cristo para com a
Igreja foi altruísta e incondicional (Rm
5.8). Assim, a Igreja foi atraída para Cristo por meio do amor, e não por
ameaças ou imposição autoritária (Jo
15.12,13). Desse modo, os maridos devem também manter a união e a harmonia
conjugal por meio do exercício do “amor”.
O cuidado do marido à
esposa: A Escritura enfatiza que a esposa é parte do marido ao declarar
“quem ama a sua mulher, ama-se a si mesmo” (5.28b). Acrescenta ainda que toda a
pessoa mentalmente saudável cuida do próprio corpo (5.29), o que significa que
o marido deve dar atenção à sua mulher do mesmo modo que atenta para consigo
mesmo. Isso implica proteger a esposa e prover-lhe uma vida digna. Essas ações
de cuidado não se limitam apenas às provisões materiais, mas igualmente, ao
afeto, à consideração e à honra, dentre outras. Tal demonstração de amor deve
ser sincera tanto em público quanto em particular, de modo permanente enquanto
ambos viverem (Mt 19.6; Cl 3.19).
V.30: O casal deve ter o senso de
“unidade”. Assim como a igreja unida torna-se um corpo, O homem e a mulher
unindo-se no amor e respeito, carinho e cumplicidade serão de fato uma só
carne.
V.31: Paulo repete o propósito deixado
por Deus no livro de Gênesis. E o fato do marido deixar seu pai e sua mãe
mostra que a maturidade é fator que leva dois a viverem juntos. O homem que
quer casar deve ter em mente que não é apenas sair da casa da mãe, mas que
também assumirá uma grande responsabilidade; formar uma família e se apegar
(se unir) a sua mulher. Se alguém não consegue ter maturidade para tomar
decisões, não deve casar, pois o homem que sai da casa da mãe e do pai deve
estar pronto a assumir o compromisso pleno e verdadeiro com sua esposa. E ambos
viverem um para o outro, até que a morte os separe.
V.32: O mistério que
foi revelado, a união espiritual entre Cristo e a Igreja, e comparado a união
entre um homem e uma mulher pelo casamento.
V.33:
Amar a sua casa é o grande conselho deixado por
Paulo. De fato é uma ótima recomendação, pois como amaremos a Deus e sua igreja
se não amamos nossa própria casa? O nosso
maior ministério é o nosso lar, nele começa a benção, a igreja abençoada e o
projeto maior que Deus nos confiou.
Deus
abençoe!
Paulo Diego Alves
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