EPÍSTOLAS
AOS GÁLATAS – CAPÍTULO 06
INTRODUÇÃO: Este é o último capítulo da carta aos Gálatas,
nele o Apóstolo Paulo fala sobre três importantes assuntos; auxilio mútuo (responsabilidade uns com
os outros), a lei da semeadura (“o
que o homem plantar certamente colherá”) e
o dever de todos os homens em carregar a cruz de Cristo (responsabilidade
própria). Aprenderemos muito com esses
ensinos, que venhamos extrair o melhor de cada um e sermos edificados pela
palavra de Deus.
Análise
do texto – Vers. 1 ao 10
(1)”Irmãos, se algum homem chegar a ser
surpreendido nalguma ofensa, vós, que sois espirituais, encaminhai o tal com
espírito de mansidão, olhando por ti mesmo, para que não sejas também tentado.“ (Gálatas 6:1| ARC)
"Se alguém for surpreendido
nalguma falta" ..... Quando um irmão na fé cai em pecado que devemos fazer?
Depois de
apontar para maneira egoísta e sem consideração com a qual os gálatas se
tratavam, Paulo agora os ensina que atitude se espera de crentes salvos, que
tem o Espírito de Deus habitando neles (2
Co 3.4-6). Sempre devemos entender que se alguém pecou e errou a última
coisa que este precisa é de julgamentos e apontamentos.
"Vós, que sois
espirituais"....... O apóstolo se volta para aqueles que alegam ter sido salvos por uma fé
sincera em Jesus como seu Senhor e Salvador e acham que vivem de acordo com as
Escrituras. Se minhas ações são direcionadas pelo Espírito Santo, então minha
maneira de tratar um irmão que caiu em pecado refletirá o fruto do Espírito
(5.22-23) A pessoa espiritual tentará levantar o irmão que caiu e procurará
restaurá-lo ao bom e correto caminho. Nossa reação a um membro no Corpo de
Cristo que falhou deveria ser uma tentativa de ajudá-lo, levantá-lo e
restaurá-lo. Afinal de contas, é assim que tratamos nosso corpo natural: Quando
quebramos um osso, fazemos tudo que está ao nosso alcance para curá-lo e para
não precisarmos amputar o membro em questão (Hb 12.12-13; Tg 5.19-20).
"Corrigi-o com espírito de
brandura"...... Todos nós
falhamos num momento ou outro. Não há quem não cometa erros, de forma que todos
nós devemos agir com humildade e sensibilidade.
"E guarda-te para que não
sejas também tentado" Você ou eu podemos errar amanhã, de forma que eu deveria tratar meu
irmão como eu gostaria que ele me tratasse. Nenhum de nós está livre da
tentação, e se não for a graça de Deus, não conseguiríamos suportar as lutas e
provações. Por isso devemos julgar menos e amar mais, (ainda que precisemos
alertar o pecador do seu erro), façamos todas as coisas com o amor.
(2)”Levai as cargas uns dos outros e assim cumprireis
a lei de Cristo. Porque, se alguém cuida ser alguma coisa, não sendo nada,
engana-se a si mesmo.” (Gálatas
6:2-3 | ARC)
Está aqui o verdadeiro evangelho
ao qual Cristo nos ensinou, no qual devemos andar e viver todos os dias. A
Empatia é uma das características fundamentais da vida cristã, pois devemos
ajudar ao nosso próximo sem fazer distinção por ser um familiar, amigo ou um
estranho. Jesus deixa bem claro isso na Parábola do Bom Samaritano, Leia:
“Ele, porém, querendo justificar-se a si
mesmo, disse a Jesus: E quem é o meu próximo? E, respondendo Jesus,
disse: Descia um homem de Jerusalém para Jericó, e caiu nas mãos dos
salteadores, os quais o despojaram, e espancando-o, se retiraram, deixando-o
meio morto. E, ocasionalmente descia pelo
mesmo caminho certo sacerdote; e, vendo-o, passou de largo. E de igual modo também um levita, chegando àquele
lugar, e, vendo-o, passou de largo. Mas
um samaritano, que ia de viagem, chegou ao pé dele e, vendo-o, moveu-se de
íntima compaixão; E, aproximando-se,
atou-lhe as feridas, deitando-lhes azeite e vinho; e, pondo-o sobre o seu
animal, levou-o para uma estalagem, e cuidou dele; E, partindo no outro dia, tirou dois dinheiros, e
deu-os ao hospedeiro, e disse-lhe: Cuida dele; e tudo o que de mais gastares eu
to pagarei quando voltar.
Qual,
pois, destes três te parece que foi o próximo daquele que caiu nas mãos dos
salteadores?
E ele disse: O que usou de misericórdia para com
ele. Disse, pois, Jesus:
Vai, e faze da mesma maneira. (Lucas 10: 29-37)
Eu gosto de uma frase que diz: “Favoreça alguém em seu presente, e Deus
usará alguém para te favorecer no futuro”. E é justamente assim que
acontece com as pessoas que usam da misericórdia para com aqueles que precisam.
No evangelho de Jesus não há espaço para o
egoísmo, é preciso ajudar ao necessitado.
Levar a carga uns dos outros é tão profundo, pois podemos entender que todos
têm carga, mas em muitos momentos é preciso parar de olhar para o nosso próprio
fardo e sofrimento, e ajudar aquele que está afadigado e cansado ao nosso lado.
(3) ”Mas prove cada um a sua própria obra e terá glória só em si
mesmo e não noutro. Porque cada qual levará a sua própria carga.” (Gálatas 6:4-5 | ARC)
Aqui
parece que existe uma contradição na fala de Paulo, pois ele diz que devemos
levar as cargas um dos outros, mas agora devemos carregar nossa própria carga,
como isso deve ser entendido?
Paulo
está alertando para o ajudar com consciência, pois tem coisas que devem ser
levadas em consideração quando se diz respeito a ajudar, pois existe um limite
em ajudar e fazer tudo pela outra pessoa. Deve-se tomar cuidado com a “Ajuda
excessiva” que faz com que o outro perca a iniciativa e não se esforce para
conquistar, é a velha história do “dar o
pão e o ensinar a pescar”. Não podemos ser negligentes nesse aspecto, pois
quem apenas dá o pão e não ensina a pescar, está criando alguém dependente, que no futuro poderá não
crescer e não se desenvolver. Nós vemos essa iniciativa na vida entre Jesus e
seus discípulos. No inicio Jesus chamou-os para que estes andassem e
aprendessem com Ele, porém no tempo certo Jesus os enviou e disse vão e
preguem, ensinem, evangelizem, anunciem etc...
Sobre
este assunto tem uma pequena história que nos dá uma grande lição sobre ajuda
de forma consciente:
A
parábola sobre o monge e a vaquinha,
conta a história de dois monges, um muito sábio e outro aprendiz, que foram
visitar um sítio bem pobre no qual morava uma família. O monge mais velho falou
para o aprendiz que ele deveria fazer o que fosse pedido sem questionar. Chegando
à humilde casa, notaram que a família era composta por um casal e três filhos.
Eles estavam mal vestidos e claramente passavam necessidade. O monge mais
velho então perguntou para o pai de família o que eles faziam para sobreviver. Ele
respondeu que tinham uma vaquinha que apesar de magrinha, dava o sustento
necessário para irem tocando a vida. O monge agradeceu e se despediu da
família.
Ao
saírem da casa, o monge mais sábio falou para o aprendiz “Pegue a vaquinha e jogue-a do
precipício”.
O aprendiz arregalou os olhos e
tentou questionar que a vaquinha era o único meio de sobrevivência daquela
humilde família. Porém, ao perceber o olhar do mestre, cumpriu a ordem a
contragosto. Depois de alguns anos, o monge mais novo ficou com remorso e
decidiu voltar ao mesmo sítio para ver o que tinha acontecido com a família.
Chegando lá, notou que o jardim estava florido e com vários animais, incluindo
diversas vaquinhas.
Ao entrar na casa ele percebeu que
tudo havia mudado, porém era a mesma família. Então ele questionou:
– Puxa, percebemos que a vida melhorou bastante para vocês, o que houve?
E o pai de família respondeu: –
Depois que vocês foram embora há alguns anos, a nossa vaquinha caiu do
precipício e morreu. Achamos que seria o fim do mundo, mas tivemos que nos
adaptar e descobrimos habilidades e competências que não conhecíamos em nós
mesmos. Aquele acidente nos forçou a buscar oportunidades e novas fontes de
renda que não havíamos pensado enquanto estávamos satisfeitos com a vaquinha.
Moral da história
Todos
nós temos uma vaquinha, porém em alguns momentos é necessário matá-la para
abrir espaço para novas oportunidades. Quando fazemos isso perceberemos que
novos horizontes surgirão e coisas novas acontecerão. É preciso entender esse
propósito. Tem vezes que a ajuda é tirar ”aquilo que alguém mais precisa ou ama
no momento” para um bem maior no futuro.
E você? Já matou sua vaquinha?
(4)
“E o que é instruído na palavra
reparta de todos os seus bens com aquele que o instrui.”
(Gálatas 6:6 | ARC)
Quando o crente aprende as
maravilhas da palavra de Deus, ele deveria partilhar com seus mestres as
bênçãos espirituais que receberam por meio do ensino deles. Este retorno
positivo encoraja os professores a perseverarem e estudarem ainda mais
profundamente, para ensinar e equipar os crentes para o serviço espiritual (Ef
4.12).
“Mas aquele que está sendo instruído
na palavra faça participante de todas as coisas boas aquele que o instrui”...... O principio geral nos
versículos 6-10 é: assim como os professores partilham com a congregação aquilo
de bom e de edificante que está à disposição deles, os membros da congregação
devem partilhar tudo de bom que possuem com seus professores, osso é o que foi
dito aqui aos gálatas. Os coríntios ouviram isso de forma ainda mais clara e
com mais detalhes: é responsabilidade da igreja apoiar aqueles que ensinam.
Paulo dedica o nono capítulo inteiro de 1 Coríntios para estabelecer seu
direito de receber pelo seu trabalho como professor e como evangelista.
Enquanto
a Lei de Moisés ordenava que os israelitas dessem parte do seu sustento para
apoiar a obra dos sacerdotes no Templo, a Nova Aliança não determina um valor
específico ou percentual usado para apoiar as pessoas que trabalham na igreja. O
que, então, deveria motivar um crente em Cristo hoje a contribuir para a obra
de Deus e apoiar aqueles que lhe ensinam?
Essa contribuição depende completamente da generosidade, do amor e da maturidade espiritual do crente. Levando sempre em consideração que se alguém dispõe de tempo e dedicação para a obra do Senhor, esta deve ser valorizada e incentivada. Porque hoje percebemos o baixo investimento nos ensinos da igreja? Muitos professores e mestres precisam conciliar trabalho, família, igreja e outros com o ensino da palavra, porém o que me faz pensar é qual a qualidade desses estudos? Veja a vida e um mestre no meio secular, já imaginou como seriam as aulas se este tivesse a sobre carga de um professor da palavra de Deus? Enquanto a igreja não ter a consciência do cuidado mútuo que uns devem ter com os outros e valorizar os seus ensinadores, teremos EBD’s fracas e vazias e um povo cada vez mais desinteressado por estudar a palavra de Deus.
(5)” Não
erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem semear, isso
também ceifará. Porque o que semeia na sua carne da carne ceifará a corrupção;
mas o que semeia no Espírito do Espírito ceifará a vida eterna.” (Gálatas 6:7-8 | ARC)
"Não vos enganeis: de Deus
não se zomba"..... Paulo
alerta para o fato de que, embora consigamos enganar as pessoas, somos
incapazes de enganar a Deus. Se investirmos pouco, não podemos esperar receber
muito. Até mesmo o senso comum nos ensina isso: "Pois aquilo que o homem
semear, isso também ceifará". Aquele que investe principalmente em e para si mesmo terá de retorno exatamente o que investiu: ganhos
temporários (2 Co 9.6-7).
Aquele
que se dedica as coisas que Paulo menciona como sendo “semear para o Espírito”,
estudo da palavra de Deus, espalhando o evangelho e ajudando o próximo, aquele
que o faz como fruto da fé em Jesus e quando depende da graça de Deus, está
semeando na colheita de Deus. Diferentemente do fruto da carne, o fruto de Deus
promete suprir todas as nossas necessidades de hoje (Mt 6:30-33) e sua provisão para a eternidade será plena: Os
crentes que semeiam no Espírito viverão para sempre no Reino de Deus.
(6)” E não nos
cansemos de fazer o bem, porque a seu tempo ceifaremos, se não houvermos
desfalecido. Então, enquanto temos tempo, façamos o bem a todos, mas
principalmente aos domésticos da fé”. (Gálatas
6:9-10 | ARC)
"E não nos cansemos de fazer o bem, porque há
seu tempo ceifaremos, se não desfalecermos"..... Não desista!Queremos
ver resultados imediatos após a semeadura, mas não é assim que a natureza
funciona. O crescimento leva meses ou até mesmo anos. Se semearmos de acordo
com os princípios da Palavra de Deus, não temos motivos para desistir ou
desfalecer. Deus fará com que a semente multiplique e o fruto aparecerá em
algum momento rendendo glória a Deus. Precisamos ter em mente que veremos algum
fruto apenas quando estivermos diante do Senhor (veja Tg 5.7).
"E não nos cansemos de fazer o bem"...... inclui entre outras coisas, ajudar o necessitado na igreja. Eles não têm nada para nos dar em troca e há alguns que continuarão, até onde sabemos, necessitados por muito tempo Entretanto, a Palavra de Deus nos diz: "Não nos cansemos de fazer o bem”. Em nosso dia a dia encontraremos pessoas ingratas que não reconhecerão nossa ajuda e empenho, mas não é por isso que devemos deixar de fazer o bem.
Análise
do texto – Vers. 11 ao 18
(1)”
Vede com que grandes letras vos escrevi por minha
mão. Todos os que querem mostrar boa aparência na carne, esses vos obrigam a
circuncidar-vos, somente para não serem perseguidos por causa da cruz de
Cristo. Porque
nem ainda esses mesmos que se circuncidam guardam a lei, mas querem que vos
circuncideis, para se gloriarem na vossa carne.” (Gálatas 6:11-13 | ARC).
"Vede com que letras grandes
vos escrevi de meu próprio punho"- Porque Paulo menciona que escreveu com letras
grandes e de próprio punho?
1. Para enfatizar a seriedade
daquilo que os falsos mestres estão fazendo e a urgência e importância do
ensinamento corretivo.
2. É possível que o apóstolo
sofresse de uma visão debilitada. O fato de ele escrever com letras grandes
enfatiza o problema com seus olhos e o fato de que ele está escrevendo de
próprio punho a urgência de lidar com os problemas na Galácia (veja 4.13-15).
Isso se encaixa bem com o relato de At 23.1-5: Paulo se encontra diante do
Sinédrio. Ananias, o Sumo Sacerdote, ordena que os homens perto de Paulo batam
em sua boca e o apóstolo responde em tom de repreensão: "Deus há de te ferir,
parede branqueada". Quando Paulo é repreendido por falar assim com o
Sumo Sacerdote, Paulo se desculpa imediatamente e diz que não sabia que se tratava do Sumo
Sacerdote. Este erro possivelmente seja fruto de uma incapacidade de Paulo de
enxergar claramente a vestimenta especial e outras marcas que identificavam o sumo
sacerdote. Isso corroboraria a interpretação que afirma que Gl 6.11 é uma
afirmação de que Paulo sofria de uma visão defeituosa.
Podemos
pressupor que a leitura de uma epistola escrita pessoalmente pelo apóstolo com
letras grandes tenha chocado o coração dos membros da igreja e trouxe novamente
a eles a seriedade de sua condição espiritual.
“Alguns buscam honra, Todos os que querem ostentar-se na carne, esses
vos constrangem a vos circuncidardes, somente para não serem perseguidos por
causa da cruz de Cristo".... Ao
longo da epistola, Paulo expõe as motivações dos falsos mestres na Galácia, que
forçaram os crentes a serem circuncidados e a observarem as ordenanças da Lei:
1. Eles tentavam agradar a homens
(1.10). Por fora eles pareciam religiosos, dignos de honra, honestos e
sinceros, mas isso acontecia apenas porque eles desejavam "ostentar-se na
carne”.
2. Eles temiam e evitavam a
perseguição e o sofrimento que poderia resultar de uma identificação com Jesus Cristo.
"querem que vos circuncideis, para se gloriarem na vossa carne"- em outras palavras, eles estão
interessados em evidenciar o número de gentios que eles conseguiram converter
ao judaísmo.
Vale mencionar que naquele momento da historia até mesmo as autoridades romanas compreendiam a diferença entre cristãos e judeus. Os judeus recebiam permissão para adorar a Deus à sua maneira (uma condição chamada de "religio licita":"religião legal/autorizada"). Essa mesma permissão não era dada aos cristãos. Eles eram acusados do crime de "fundar uma nova religião" e quem fosse chamado de 'cristão" poderia ser morto por causa da sua fé. Por isso Paulo os exorta a não deixarem o caminho e nem a abandonarem a cruz.
(2)” Mas longe esteja de mim gloriar-me, a não ser na
cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado para mim
e eu, para o mundo.Porque, em Cristo Jesus, nem a circuncisão nem a
incircuncisão têm virtude alguma, mas sim o ser uma nova criatura.” (Gálatas 6:14-15 | ARC).
Ao contrário dos falsos mestres
que queriam fugir da cruz, Paulo se gloria na cruz do Senhor Jesus. Enquanto
para Eles a cruz era símbolo de vergonha, para o Apóstolo era motivo de alegria
e salvação. Aquele que entendeu a obra de Cristo na cruz sabe que devemos estar
mortos para o mundo e o mundo para nós, pois é um novo estilo de vida. Não há
como ser um verdadeiro cristão sem uma vida transformada, e por isso Paulo diz
que a maior virtude de um alguém é ser uma nova criatura. A Igreja de Cristo é
diferente, é sal e luz, anda como Ele andou e age como Ele agia. Precisamos
entender este princípio!
(3)”E, a todos quantos andarem conforme esta regra,
paz e misericórdia sobre eles e sobre o Israel de Deus. Desde agora,
ninguém me inquiete; porque trago no meu corpo as marcas do Senhor Jesus.” (Gálatas 6:16-17| ARC).
Finalizando a carta Paulo diz: “a
todos quanto andarem conforme esta regra”. Ninguém é obrigado a seguir a Jesus
e seus ensinos, Paulo deixa explícita essa concepção. O evangelho e vida com
Deus é questão de fé e obediência, e se alguém crê de verdade não irá
pestanejar para obedecer e seguir os preceitos do Senhor. Porém vale lembrar
que há promessas para aqueles que querem seguir as instruções da palavra: Paz e
misericórdia. E de fato é tudo que precisamos no dia a dia, pois sem a paz do
Senhor não conseguimos confiar e descansar, e se não for a misericórdia do
Senhor seríamos consumidos. Tudo que vivemos e alcançamos devemos dar todo o
crédito ao Senhor, se conquistamos alguma coisa é por sua imensa e infinita
misericórdia.
Paulo encerra falando das “marcas
que carrega”, marcas essas que dão autenticidade ao verdadeiro cristão. Carregar
as marcas de Cristo tem um sentido ambíguo aqui, pode ser:
1. Sofrer
pelo evangelho- Pois quantas vezes Paulo foi preso, espancado
fisicamente, açoitado e confrontado por pregar o evangelho? O Verdadeiro
cristão sabe que andar com Jesus não é uma colônia de férias, mas sim um campo
de guerra, existe um inimigo que luta 24 horas para nos tirar do foco e do
caminho do Senhor. Se alguém disser que o cristianismo é um mar de rosas e só
bem aventuranças, lembre-se que não é este o evangelho que Jesus ensinou. Ele
mesmo disse: “no mundo tereis aflições,
mais tende bom ânimo” (João 16:33).
2. Ser
parecido com Cristo – É muito fácil reconhecer um servo de Deus, tem uma
frase de um dos reformadores avivalistas que diz: “Se Cristo habitar na casa de alguém, certamente seus vizinhos
saberão”. Uma coisa está ligada a outra,
pois se verdadeiramente formos parecidos em Ele, iremos evidenciar pelas “marcas”, nossa conduta e proceder.
Será que estamos realmente
carregando as marcas de Cristo? Faça uma análise e reveja aquilo que é
necessário para ser um genuíno servo(a) do Senhor!
(4) ”A graça de nosso Senhor Jesus Cristo
seja, irmãos, com o vosso espírito. Amém!” (Gálatas
6: 16-17| ARC).
O final da Epístola e parecido com o começo (1.3). Paulo certamente Espera que os gálatas expulsem os falsos mestres de seu meio, para que as congregações possam continuar desfrutando da graça do Messias. O fato de Paulo chamar os gálatas de irmãos mostra que de fatos muitos deles estavam no caminho certo, e indo rumo a salvação que há em Cristo Jesus.
Deus abençoe por sua dedicação de
aprender mais um livro da palavra de Deus. Sabemos que grande é o desafio de
estudar a palavra, mas é só enfrentando e se dedicando para provar o quão
maravilhoso é crescer na graça e no conhecimento de Cristo Jesus. Espero que
estes estudos tenham te edificado e de alguma forma te levar a conhecer mais de
Deus. Um abraço e que Deus te abençoe poderosamente!
Pastor
Paulo Alves
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Att:Paulo Diego Alves