Análise da Epístola aos Efésios – CAPÍTULO 02 (Explicação/ Estudo/Esboço)

 


Neste segundo capítulo o apóstolo Paulo aborda 4 temas principais: (1) nossa vida diante de Deus antes de aceitarmos a Jesus e os benefícios de uma nova vida com Ele. (2) a Graça de Deus é manifestada a nós através de Jesus e pela fé recebemos ela gratuitamente. (3) a inimizade entre judeus e gentios, entre Deus e os homens acabou em Jesus, a lei é substituída pela fé como meio de justificação. (4) a nossa vida como um edifício que cresce em direção a Deus, tendo como alicerce de sustentação Jesus Cristo.

 

Análise do texto – Vers. 1-6

Expressões-chave: vida, mortos, pecados, transgressões, príncipe, mundo, filhos da desobediência, filhos da ira, vontade da carne, inclinações da carne, vida eterna, misericórdia, amor, Jesus Cristo.
(1). “Ele lhes deu vida, quando vocês estavam mortos em suas transgressões e pecados” – Efésios 2.1 (NAA).

 A vida aqui mencionada não é a vida biológica do ser humano, mas a vida espiritual que é devolvida ao homem através de Jesus Cristo. O homem havia morrido espiritualmente no Éden (Gn 2.16), porém agora através da fé em Jesus recebe vida novamente. Paulo inicia o desenvolvimento do tema principal desse capítulo, a “Graça” de Deus, que será concluída nos versículos 8-9, falando da condição em que a humanidade se encontrava; “mortos em suas transgressões e pecados”, ou seja, a humanidade estava em uma condição de desobediência a Deus, transgredindo a sua lei e vivendo uma vida onde o pecado a dominava, fazendo com que o juízo de Deus estivesse sobre eles.

E nessa condição que Deus se manifestou na terra através de Jesus, não havia nada bom no homem (Sl 14.1-3; Rm 3.22-23), porém por seu infinito amor enviou seu Filho para nos salvar.

(2). “nos quais vocês andaram noutro tempo, segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe da potestade do ar, do espírito que agora atua nos filhos da desobediência” – Efésios 2.2 (NAA).

Paulo lembra os cristãos de Éfeso de onde Jesus os havia resgatado. A expressão “andaram” indica passado, não deve mais fazer parte da vida nova em Cristo, foi abandonado quando aceitaram o Evangelho. Paulo também os lembra que a vida que viviam longe de Deus era “segundo o curso deste mundo”, uma forma de dizer que o estilo de vida era aquele que o mundo oferece.

Quando olhamos para os nossos dias, fica muito evidente qual o estilo de vida que o mundo oferece, porém o apóstolo também deixa claro que esse estilo de vida que para o mundo é chamado de “liberdade”, têm um senhor, e esse não é Cristo. Aqui ele é chamado de “príncipe da potestade do ar”, porém em outras passagens do NT1 ele é chamado de “príncipe deste mundo” (Jo 12.31; 14.30; 16.11), “deus deste século” (2Co 4.4), “acusador” (Ap 12.10), para nos mostrar que esse príncipe (o diabo) é quem controla esse mundo através do homem que se tornou escravo do pecado e de sua vontade, por isso João nos afirma dizendo: “Sabemos que somos filhos de Deus e que o mundo inteiro está sob o controle do maligno” – João 5.19 (NVT).

Assim fica evidente que o espírito que opera nos que não aceitaram a Jesus é o espírito do próprio satanás, e esses são chamados aqui de filhos da desobediência, pois se fossem filhos de Deus deveriam andar em obediência ao Pai.

(3). “Entre eles também nós todos andamos no passado, segundo as inclinações da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos por natureza filhos da ira, como também os demais” – Efésios 2.3 (NAA).

Paulo também se coloca na condição de rebeldia diante de Deus no seu passado anterior ao encontro com Jesus, mesmo sendo judeu e descendente de Abraão, sendo um fariseu dedicado, reconhece que andava como os demais, dominado pelas inclinações da carne, as quais há um lista enorme, mas podemos observar algumas em Gálatas (Gl 5.19-21).

E por viver dessa maneira todos se colocam na condição de “filhos da ira”, uma expressão usada para nos mostrar qual nossa real situação diante de Deus antes da conversão. Estávamos destinado a ira, conforme João, o Batista declarou: “ Por isso, quem crê no Filho tem a vida eterna; o que, todavia, se mantém rebelde contra o Filho não verá a vida, mas sobre ele permanece a ira de Deus” – João 3.36 (ARA).

Infelizmente muitos crentes estão vivendo uma vida onde as inclinações da carne e dos pensamentos os têm dominado, e embora alguns defendam que por serem “eleitos” (embora essa afirmação seja uma má interpretação do capítulo 1), não importa o que façam que a salvação está garantida, Paulo deixa claro que tal estilo de vida leva o crente a uma só condição: a ira de Deus está sobre ele e permanecerá sobre ele.

(4). “Mas Deus, sendo rico em misericórdia, por causa do grande amor com que nos amou, e estando nós mortos em nossas transgressões, nos deu vida juntamente com Cristo — pela graça vocês são salvos — e juntamente com ele nos ressuscitou e com ele nos fez assentar nas regiões celestiais em Cristo Jesus” – Efésios 2.4-6 (NAA).

A misericórdia de Deus foi imensa para com toda a humanidade, Ele não olhou para os pecados do homem e suas inúmeras e incontáveis transgressões, porém, como um Pai amoroso que ama seu filho mesmo esse sendo desobediente e rebelde, nos deu a solução ao descer ao mundo através de Jesus. Ainda hoje essa misericórdia está presente em nossa vida, e se não fosse pela misericórdia dEle a muito tempo teríamos sidos consumidos (Lm 3.22-23).

Ele nos deu a vida espiritual que necessitávamos, mas também nos deu a vida eterna, ambas estão condicionadas a Cristo. Se estivermos nEle então teremos vida e assim como Ele ressuscitou dentre os mortos, nós somos ressuscitados da morte espiritual e de uma vida de domínio do pecado. Paulo conclui esse versículo nos mostrando qual é a nossa posição em Cristo nas regiões celestiais. No capítulo primeiro ele nos fez entender que em Cristo temos todas as benções espirituais nas regiões celestiais (Ef 1.3), porém aqui ele vai além. Ao estarmos assentados em Cristo nas regiões celestiais temos os mesmos direitos que a Ele (Jesus)foram concedidos. Por isso que assim como Ele reina, deu a nós o direito de reinar com Ele, assim como ele recebeu toda autoridade do Pai, deu a nós autoridade para também exercermos sobre o mundo das trevas, assim como ressuscitou e está com o Pai, nós também ressuscitaremos e estaremos com o Pai.

Análise do texto – Vers. 7-10

Expressões-chave: Graça, fé, obras.

(1). “Deus fez isso para mostrar nos tempos vindouros a suprema riqueza da sua graça, em bondade para conosco, em Cristo Jesus” – Efésios 2.7 (NAA).

Paulo agora de fato entra no tema “Graça”, e nos informa que ela será entendida e experimentada de fato e em sua totalidade no futuro. É lógico que já estamos nessa condição de “Graça”, porém desfrutaremos dela em plenitude quando estivermos desfrutando da vida eterna, no reino eterno de Deus.

(2). “Porque pela graça vocês são salvos, mediante a fé; e isto não vem de vocês, é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie. Pois somos feitura dele, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas” – Efésios 2.8-10 (NAA).

A palavra grega para “Graça” é “χάρις” (cháris), cujo significado seria: um presente, uma dádiva, uma benção, um favor dado por Deus e que se estende aos seres humanos não porque eles mereciam tal dádiva, mas porque livremente Ele os quis dar. Por isso Paulo deixa bem claro essa questão ao dizer “isto não vem de vocês, é dom de Deus”, ao se referir da “Graça”. É por causa dela que somos salvos.

Porém o elemento que nos faz estar nessa condição é a “fé em Jesus Cristo”. Não existe outra maneira dessa “Graça” ser dada ao ser humano, ele precisa crer que Jesus Cristo é o Filho de Deus e que morreu para que Deus concedesse essa “Graça” através da morte substituta de seu Filho na cruz.

Mas essa fé, única exigência de Deus para que sua dádiva seja dada, não é uma crença na existência de Jesus como muitos têm, porém a fé que salva é aquela que entende o que Jesus fez pelo indivíduo e a partir disso tal pessoa passa a amá-lo e obedecê-lo. Não é uma fé verbalizada simplesmente, mas ela vem acompanhada de “boas obras”, que embora não salva o indivíduo, demonstra que ele aceitou verdadeiramente a Jesus. Pois tal demonstração voluntária afirma na prática a declaração verbal de que houve aceitação do Filho, e que agora vive não mais por sua vontade, mas pela vontade daquele que o salvou.

Análise do texto – Vers. 11-18

Expressões-chave: gentios, judeus, circuncisão, incircuncisão, inimizade, lei, acesso, Espírito.

(1). “Portanto, lembrem-se de que no passado vocês eram gentios na carne, chamados incircuncisão por aqueles que se intitulam circuncisão, que é feita na carne por mãos humanas. Naquele tempo vocês estavam sem Cristo, separados da comunidade de Israel e estranhos às alianças da promessa, não tendo esperança e sem Deus no mundo. Mas agora, em Cristo Jesus, vocês, que antes estavam longe, foram aproximados pelo sangue de Cristo. Porque ele é a nossa paz. De dois povos ele fez um só e, na sua carne, derrubou a parede de separação que estava no meio, a inimizade” – Efésios 2.11-14 (NAA).

Agora o apóstolo fala aos cristãos de Éfeso que eram gentios e não judeus, fazendo-os lembrar que eles diferentemente dos judeus nasceram desprovidos do entendimento sobre a vontade de Deus, pois foi aos judeus, descendentes de Abraão que Deus se revelou no passado. Abraão e os que vieram depois dele, aqui chamado “comunidade de Israel” receberam de Deus as promessas, Ele fez com Israel alianças, fez com que Israel conhecesse qual era a sua vontade através da lei.

Porém os gentios não receberam, e por isso estavam sem esperança, devido não conhecerem a Deus e estarem longe de Deus, viviam servindo a outros deuses, provocando a ira de Deus, estavam realmente sem Deus no mundo. Eram chamados de incircuncisos pelos judeus, pois a circuncisão foi estabelecida por Deus antes mesmo da lei (Gn 17.10-14), foi dada a Abraão tal instrução, ela era a marca que provava a aliança de Deus com Abraão e com seus descendentes. Quem não era circuncidado, era chamado de incircunciso, em outras palavras era alguém que não carregava a marca da aliança do Deus de Israel.

Mas agora com a vinda de Jesus ao mundo, tanto judeus como gentios devem aceitá-lo, e assim a inimizade que havia entre judeus e gentios não existe mais, Jesus derrubou o muro que havia, antes eram inimigos, mas agora irmãos em Cristo Jesus. Agora não existe mais dois povos (judeus e gentios), mas apenas um somente, o povo lavado e remido pelo sangue de Jesus.

(2). “Cristo aboliu a lei dos mandamentos na forma de ordenanças, para que dos dois criasse em si mesmo uma nova humanidade, fazendo a paz, e reconciliasse ambos em um só corpo com Deus, por meio da cruz, destruindo a inimizade por meio dela” – Efésios 2.15-16 (NAA).

A expressão “aboliu” nos traz algumas ideias: Cristo anulou a lei, logo não existe mais lei? Cristo revogou a lei cerimonial e civil, porém a lei moral ainda continua? Cristo acabou com os mandamentos e ordenanças que eram em número de 613 no AT e o que ficou valendo são os 10 mandamentos apenas? Primeiro vamos entender a expressão “aboliu”.

Essa palavra no grego é “καταργέω” (katargeó), e possui vários significados como: tornar inativo ou inoperante, inútil, sem efeito, anular, abolir. Mas qual o sentido dessa palavra no texto acima, o que Paulo quis dizer? Devemos também fazer uma observação, Jesus não veio anular a lei no sentido de que ela deixou de existir quando Ele veio ao mundo, pois Ele mesmo disse que veio para cumprir ela: “Não pensem que vim abolir a Lei ou os Profetas; não vim abolir, mas cumprir” – Mateus 5.17 (NVI).

Paulo concorda com isso ao dizer que Jesus veio e esteve debaixo da lei: “Mas, quando chegou a plenitude do tempo, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido debaixo da lei” – Gálatas 4.4 (NVI), a expressão “debaixo da lei” traz a ideia clara de que Jesus viveu como um judeu nos preceitos da lei mosaica. Ele nunca foi contra ela, pois disse ao leproso que foi curado por Ele: “Disse-lhe, então, Jesus: Olha, não o digas a alguém, mas vai, mostra-te ao sacerdote e apresenta a oferta que Moisés determinou, para lhes servir de testemunho” – Mateus 8.4 (ARC).

Em outro texto Paulo diz que a lei é santa (Rm 7.12), que ela é espiritual (Rm 7.14), que ela é boa (Rm 7.17; 1Tm 1.8). Jesus mesmo disse que ela não deixaria de existir: “Porque em verdade vos digo que, até que o céu e a terra passem, nem um jota ou um til se omitirá da lei sem que tudo seja cumprido” – Mateus 5.18 (ARC).

O propósito de Deus ter dado a lei aos judeus foi por causa dos pecados da humanidade, para que através dela refreasse o pecado, uma vez que ela punia o transgressor até que Jesus viesse ao mundo: “Logo, para que é a lei? Foi ordenada por causa das transgressões, até que viesse a posteridade a quem a promessa tinha sido feita; e foi posta pelos anjos na mão de um medianeiro” – Gálatas 3.19 (ACF). Ao mesmo tempo ela se tornou uma espécie de instrutor ao ser humano até que pudessem ser justificados através do Filho: “Assim a Lei se tornou nosso pedagogo para conduzir-nos a Cristo, a fim de sermos justificados pela fé” – Gálatas 3.24 (SBB).

Antes de Jesus, o meio pelo qual o homem era considerado justo ou não diante de Deus era pela obediência a lei, porém a lei estava enferma: “Porquanto, o que era impossível à lei, visto como estava enferma pela carne, Deus, enviando o seu Filho em semelhança da carne do pecado, pelo pecado condenou o pecado na carne” – Romanos 8.3 (ARC). O que Paulo quis dizer com “enferma” é que ela não conseguia aperfeiçoar o homem, mudar o interior dele, embora ela exista não consegue transformar o indivíduo, isso fica muito claro no discurso do profeta Isaías (Is 1.3-15).

Portanto, o sentido correto de que Cristo “aboliu” a lei é que a partir do seu sacrifício na cruz a lei se tornou inoperante como meio de justificar o homem diante de Deus, é por isso que Paulo diz: “Porque o fim da lei é Cristo para justiça (ou seja, o meio de justificar o homem mudou da lei para a fé)de todo aquele que crê” – Romanos 10.4 (ARC).

Qualquer homem que quiser ser justificado por guardar os preceitos da lei está negando a Jesus, caiu da graça, pois ninguém será justificado pelo que está na lei (Gl 2.16; 3.11; Rm 3.20; Tg 2.10-12; Gl 5.2-4).

Através de Jesus o homem foi reconciliado com Deus e tem paz com o criador, aquilo que foi perdido no Éden devido o pecado, quando Deus expulsou o homem de sua presença, em Cristo isso é restaurado, agora podemos nos achegar com confiança novamente na presença de Deus através de Jesus.

(3). “E, quando veio, Cristo evangelizou paz a vocês que estavam longe e paz também aos que estavam perto; porque, por meio dele, ambos temos acesso ao Pai em um só Espírito” – Efésios 2.17-18 (NAA).

A missão de Jesus fica muito clara nesse momento, Ele veio evangelizar o mundo, ou seja, trazer uma boa notícia, Deus que buscar e salvar aqueles que estavam perdidos (Lc 19.10), tanto os gentios como também os judeus, para que através do Espírito Santo possam ter acesso (comunhão) com o Pai.

Análise do texto – Vers. 19-22

Expressões-chave: estrangeiros, peregrinos, concidadãos, família de Deus, pedra angular, santuário, morada de Deus.

(1). “Assim, vocês não são mais estrangeiros e peregrinos, mas concidadãos dos santos e membros da família de Deus” – Efésios 2.19 (NAA).

No final deste capítulo o apóstolo novamente direciona sua mensagem aos cristãos gentios de Éfeso, porque ao aceitarem a Jesus já não são mais estrangeiros e peregrinos, mas concidadão, ou seja, eles pertencem a mesma cidadania. Agora existe uma pátria apenas, aquela que todo crente salvo espera (Fp 3.20), agora eles são parte da família de Deus.

(2). “edificados sobre o fundamento dos apóstolos e profetas, sendo ele mesmo, Cristo Jesus, a pedra angular. Nele, todo o edifício, bem-ajustado, cresce para ser um santuário dedicado ao Senhor. Nele também vocês estão sendo edificados, junto com os outros, para serem morada de Deus no Espírito” – Efésios 2.20-22 (NAA).

Todo o cristão é como um edifício na figura de linguagem usada pelo apóstolo, porém o fundamento é um só, Jesus ((1Co 3.11), Ele é a rocha que sustenta todo edifício que vai ser levantado. Paulo chama Jesus de “a pedra angular”, essa expressão é usada em outras passagens bíblicas as vezes chamada de a “pedra de esquina” ou “pedra principal” (Jó 38.6; Sl 118.22; Is 28.16; Is 19.13; Zc 10.4; Mt 21.42; At 4.11; 1Pe 2.6-7).

Nos tempos bíblicos essa pedra era a principal pedra em uma construção, pois ela tinha que ser forte e firme para que pudesse sustentar e juntar as duas paredes da construção (conforme vemos na figura abaixo), ela era a pedra inicial da construção. A pedra angular era selecionada com muito cuidado, pois se ela fosse defeituosa comprometeria toda a estrutura do edifício. Quando a pedra não era a ideal era jogada fora, era rejeitada, por isso quando os judeus não aceitaram a Jesus como o Messias, eles rejeitaram a “pedra principal” (Sl 118.22).

Jesus é a pedra de sustentação da nossa vida, ele é a rocha que liga, que junta as paredes do nosso edifício, pois Paulo fala do ser humano como um Templo ou morada do Espírito Santo (1Co 3.16-17). Assim se Cristo for a nossa

sustentação vamos dia após dia ser edificados, crescendo na presença de Deus através de seu Espírito Santo.

Escrito por: Pastor Urias Junior


 

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