ANÁLISE DO EVANGELHO DE
JOÃO – CAPÍTULO 01
INTRODUÇÃO:
Vamos analisar os 51 versículos do primeiro capítulo do
evangelho de João. Faça sua leitura com calma e extraia o máximo de conteúdo
que puder. Teremos grandes e profundos ensinamentos nesse evangelho.
Você percebeu a grande diferença entre os evangelhos sinóticos
(Mateus, Marcos e Lucas) e o evangelho de João? Além da estrutura do livro como
um todo, um detalhe chama atenção, veja:
Mateus: Inicia o seu evangelho falando sobre a
genealogia e o nascimento de Jesus.
Marcos: Inicia falando do Batismo e a
tentação de Jesus.(Mc 1:9-13)
Lucas: Inicia lembrando da promessa da
vinda do Messias, do anúncio do seu nascimento e do nascimento de Jesus (
contando detalhes do grande acontecimento).
Já o evangelho segundo João, trata de revelar a divindade de
Cristo, Falando e revelando o Cristo que era o verbo, e que Ele (Jesus) era Deus e estava com o Pai. É maravilhoso enxergar
como cada um deles falou do mesmo Jesus em perspectivas diferentes. Então vamos
a partir de agora estudar esse capítulo maravilhoso, que o Espírito Santo te
ilumine e de sabedoria.
ANÁLISE DO VERSÍCULO 1
AO 5:
Jesus é apresentado como o verbo (logos ou a palavra) a
promessa feita desde o Gênesis (leia Gn 3:15), e esta promessa estava com Deus
antes de todas as coisas. João relata o Jesus Eterno e Transcendente, Este
mesmo é o cumprimento de todas as promessas e profecias messiânicas do Antigo
Testamento. Jesus é a palavra e o Pão vivo que desceu do céu,deixou o esplendor
da sua Glória e veio ao mundo cumprir a vontade e o propósito do Pai.
O Evangelho de João reforça que Jesus estava no princípio com
Deus, princípio esse que deve ser entendido como o início do Universo, ou seja,
o mundo físico criado segundo o poder e propósito Divino. João é categórico em
afirmar que Jesus criou todas as coisas, e que sem Ele (Jesus), nada do que
vemos existiria.
O Autor da vida veio a esta terra para iluminar e tirar o
homem das ” trevas”, onde outrora estávamos
mortos e presos em nossos delitos e pecados. Jesus fez a diferença entre os
homens pecadores, e o pecado jamais teve poder e nem algum tipo de influência
sobre Ele.
ANÁLISE DOS VERSÍCULOS 6
AO 14:
João Batista (primo de Jesus) foi o primeiro profeta
levantado por Deus após o período intertestamentário (silêncio profético), o
qual abriu caminho preparando as veredas testemunhando e anunciando Aquele que viria
logo após. No versículo 07 o profeta deixa bem claro que seu propósito era
testemunhar sobre a Luz (Jesus), e assim fazendo com que muitos viessem a crer.
Jesus veio ao mundo trazer as boas novas, essa obra começaria
por Israel, pois eles tinham a promessa do Messias. Porém a religiosidade de
muitos mestres fariseus, saduceus, escribas entre outros, deixou-os “cegos”, a
ponto de não reconhecerem o Filho de Deus.
Mas através da Graça e misericórdia do Senhor, o evangelho (as
boas novas da salvação) foi então anunciado aos gentios, que agora através da
fé em Jesus, foi dado o direito de serem chamados filhos de Deus. Esses filhos não são nascidos do sangue, nem
da carne muito menos do desejo do homem, mas sim da vontade de Deus. E para que
o homem fosse plenamente redimido e fosse religado com Deus, um plano foi
feito, por isso o versículo 14 diz: “O Verbo se fez carne (Foi plenamente homem
e plenamente Deus) e habitou entre nós, cheio de graça e verdade.
ANÁLISE DO VERSÍCULO 15
AO 18:
Conforme fora profetizado João Batista testemunha a respeito
do Messias. Mesmo que ele estivesse o antecedendo e preparando o caminho, João
Batista reconhecia a primazia de Cristo, porquanto ainda antes da fundação do
mundo, Ele já existia.
Cristo foi o único que recebeu a plenitude do Espírito Santo,
e através da Sua vinda tivemos acesso à graça sobre graça. A graça comum a qual
é estendida a todos os homens e a graça específica, ou seja, tudo aquilo que
recebemos de Deus através de Seu Filho Jesus (por exemplo: Salvação, Dons do
Espírito).
Por intermédio de Moisés, a Lei (vontade de Deus) foi dada
aos homens, mas o favor de Deus e a verdade foram nos dadas através de Jesus Cristo,
e então pudemos não apenas conhecer a vontade de Deus, mas sim, conhecer o
próprio Deus e a revelação dEle aos homens através do seu Filho.
ANÁLISE DO VERSÍCULO 19
AO 28
João Batista repete seu testemunho e enfatiza o propósito do
Messias:
Quando João começou sua carreira pública
de pregador de arrependimento, no vale do Jordão, existia um clima generalizado
de expectativa, especialmente entre os israelitas piedosos que “esperavam a
redenção de Jerusalém” (Lucas 2:38). A aparição repentina deste estranho
pregador e batizador, que trazia os sinais que autenticavam os profetas
antigos, causou uma impressão profunda sobre eles. João, na verdade, nascera em
uma família de sacerdotes, portanto, pertencia a tribo de Levi, e não de Judá
(a qual pertenciam Davi e sua família); mas é possível que a massa da população
não conhecesse sua origem. (p.52)
Como o povo estava nesta expectativa,
e em seu coração já se perguntavam: - Não seria ele por ventura o próprio
Cristo? (Lucas 3:15), foi enviada uma delegação de Jerusalém até João para
saber se realmente ele era o Messias. A resposta de João foi negativa
ressaltando que ele não era o Cristo (o Messias esperado). Diante desta
frustração e com o dever de uma devolutiva aos Sacerdotes e Levitas de
Jerusalém que os haviam enviados, queriam então saber de João o que ele tinha
para dizer de si mesmo. Neste momento fica evidente que o Profeta João fazia
parte do cumprimento do que fora profetizado por Isaías, que cumpriria e
precederia o Verdadeiro Messias, tendo o grande privilégio e honra de ser a voz
que anunciava a Sua aproximação.
O interesse dos fariseus em saber o
porquê João Batista insistia em batizar era devido a crença de o batismo fazer
parte de um rito escatológico que seria administrado por um personagem esperado
para o fim dos tempos.
ANÁLISE DOS VERSÍCULOS
29 AO 31
Para cumprir a Lei Jesus vai até o Jordão encontrar-se com
João Batista para ser batizado por ele. Ao ver o Mestre, João enfatiza que
Jesus é o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, expondo publicamente aos
seus seguidores e ouvintes a Divindade de Cristo. Ainda que João ainda não
tivesse encontrado com Jesus fisicamente, reconheceu-o imediatamente, sabendo
que a partir deste encontro Jesus era manifesto a Israel.
ANÁLISE DOS VERSÍCULOS
32 AO AO 34
Havia uma promessa a ser cumprida como sinal a João da
confirmação do verdadeiro Messias. João Batista iria ver o Espírito em forma de
pomba e este pousaria sobre o Messias. Mesmo sem conhecer Jesus, João pôde
confirmar no momento do batismo dEle que este era verdadeiramente o Filho de Deus, que batiza com o Espírito
Santo.
ANÁLISE DOS VERSÍCULOS
35 AO 51
João Batista continua apontando para Jesus, e por mais que o
profeta abriu os caminhos e possuía muitos seguidores, jamais quis chamar
atenção para si mesmo. Seus discípulos sabiam que deveriam seguir a Jesus e
assim fizeram. Vale a pena destacar que o primeiro a ir ao encontro do Mestre
Jesus não foi Pedro, mas sim seu irmão André. André era um dos seguidores de
João Batista, que ao ter um encontro com Jesus, correu para chamar seu irmão
Simão dizendo: Achamos o Messias. Simão acreditou nas palavras de seu irmão e
foi ter com Jesus, e antes que dissesse alguma coisa, Jesus se adiantou e falou:
Tu és Simão, filho de Jonas, e serás chamado de Cefas (que quer dizer Pedro).
Deve-se entender que Jesus diz a Simão que a partir daquele momento sua vida
seria diferente, Simão agora seria conhecido como Pedro, e quando Deus mudava o
nome de alguém, Ele estava mudando o caráter, a trajetória e o sentido da vida
daquele homem. Basta olhar como Pedro era, sempre impulsivo, nervoso, mas
através da obra de Cristo em sua vida podemos notar a grande diferença.
Na sequência do texto Jesus continua chamando seus seguidores
e discípulos. Jesus chama Filipe o qual era da mesma cidade de Pedro e seu
irmão (Betsaida). O incrível é ver que mesmo em meio a pessoas que acreditam
sempre surge aqueles que duvidam. Quando Filipe falou do Messias prometido a
Natanael, logo Natanael desdenha dizendo: Poderá vir alguma coisa boa de
Nazaré? Como quem diz: De lá, nunca veio coisa boa, um lugar tão pobre e simples,
porque viria algo bom? Porém ele veria com seus próprios olhos e ouviria uma
grande revelação. Quando Natanael foi ter com Jesus, jamais imaginou o poder de
conhecimento que estava em Cristo, pois o Mestre revelou onde ele estava e que
tinha visto ele em baixo de uma figueira antes que Natanael lhe chamasse (esse
é o poder de Onisciência de Cristo). Ele pode ver e saber todas as coisas, e
nada está oculto diante Dele. Natanael teve que reconhecer que Jesus é o Filho
de Deus e o verdadeiro Rei de Israel.
O
capítulo se encerra com a promessa de que Natanael veria grandes coisas
(maiores que essas) acontecerem. E o versículo 51 faz referência a um
conhecimento que seria revelado de uma forma grandiosa a Natanael. Mas o sentido mais provável
seja que a partir daquele momento ele faria descobertas mais claras da sua
pessoa, pelo seu ministério, e tais milagres seriam realizados por ele em
confirmação disto, que olharia.como se o céu estivesse aberto, e os anjos de Deus iam continuamente
para lá e para cá, trazendo mensagens novas, e executando operações milagrosas,
como se o anfitrião inteiro deles constantemente fosse empregado em tal
serviço: e este, ao contrário, parece ser o sentido, visto que o próximo relato
que nós temos é do começo dos milagres de Cristo em manifestar a sua glória em
Caná da Galiléia, onde Natanael viveu.Escrito por: Paulo Diego Alves
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